Pesquisa aponta que youtubers têm dificuldade em orçar publicidade e saem em desvantagem nas campanhas

Segundo uma pesquisa feita pela Internet Creator Guild, os Youtubers têm dificuldade em orçar campanhas e saem em desvantagem nas ações com marcas.
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Segundo uma pesquisa feita pela Internet Creator Guild, cerca de 50% dos criadores de conteúdo dizem que suas rendas vêm das publicidades que fazem com as marcas. Outro dado curioso é que, a maioria dos influenciadores não sabem quanto cobrar para cada menção feita ou ações fechadas com marcas.

De acordo com a pesquisa da ICG, que entrevistou 100 criadores de conteúdo para a web, devido a falta de tabelamento padrão, os preços das ofertas das marcas flutuam de forma desigual. Outra dificuldade encontrada na hora de tabelar um preço para uma rede social ou ação é falta de exemplos a serem seguidos, pois os criadores geralmente são impedidos contratualmente de divulgar termos de negócios. De acordo com o estudo os preços de uma menção dentro de um vídeo podem variar de 0,2 centavos por visualização até um máximo de 50 centavos por visualização.

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Outra confusão que acontece é na hora da entrega de conteúdo: os resultados costumam sair 29% melhor do que estão no acordo, por exemplo, um youtuber fecha um acordo cobrando um valor para um vídeo com 10 mil visualizações e acaba entregando 20 mil visualizações. Por esse motivo as empresas acabam saindo no lucro nas negociações. O ICG sugere, por exemplo, que os criadores especificam contratualmente um número definido de avaliações de vídeo e cobrarem a mais por qualquer comentário extra além daqueles que já estavam estipulados no contrato. Além disso, os criadores devem estar atentos ao valores das diferentes plataformas sociais ao negociar contratos que incluem a promoção entre plataformas. Uma postagem do Instagram vale significativamente mais do que uma postagem do Twitter, por exemplo.

Os youtubers também precisam estar atentos às possíveis repercussões negativas que uma marca pode trazer para o canal. Caso uma marca faça uma propaganda com um influenciador e depois seja descoberto algum erro em seus produtos, isso pode interferir na imagem do criador de conteúdo.

Muitos criadores acabam buscando auxílio para driblar essa falta de conhecimento de mercado. Algumas networks como a Dia Estúdio agenciam os youtubers e ajudam na definição de preços de ações do mídia kit. Agências de talentos como Digital Stars e IQ também trabalham para estabelecer preços e fechar contratos para seus youtubers, sendo responsáveis por negociações de ações para figuras como Kéfera, Christian Figueiredo e Cocielo, por exemplo.  Com um tabelamento dos influenciadores e experiência com mercado publicitário, essas empresas acabam sendo uma opção para mediar a negociação com marcas e garantir preços justos no mercado.