Elas existem! Mulheres no mundo de gameplays!

O mundo dos games é um ambiente dominado por homens, nem por isso as mulheres deixam de se destacarem e irem atrás de conquistar seus espaços com gameplays!
mulheres gameplays

O mundo dos games é um ambiente dominado por homens, afinal, desde muito cedo vem a associação (um tanto quanto sexista) de que videogame é brincadeira de menino. Nem por isso as mulheres deixam de jogar e participar do universo de jogos, ocupando cada vez mais esse espaço, mas ainda sim com dificuldades, pois enfrentam a falta de reconhecimento e machismo na comunidade de gamers. Na última semana aconteceu em Londres a importante premiação Golden Joystick 2016, com a ideia de homenagear os principais nomes da categoria, nenhuma mulher venceu.

A diferença de tratamento por parte das empresas patrocinadoras com as mulheres nos jogos também é evidente. Enquanto os jogadores do sexo masculino ganham em torno de US$ 2,5 milhões, as jogadores do sexo feminino não alcançam US$ 200 mil. A desvalorização de seus trabalhos, falta de oportunidades somadas com o preconceito que sofrem dentro das plataformas de jogos, desmotiva muitas mulheres a investirem na profissão de gamer.

Uma recente pesquisa do instituto norte-americano Pew Research Center revelou que homens e mulheres se dizem igualmente interessados por videogames. Porém, eles se denominam “gamers” duas vezes mais que elas. Quando o assunto é competir, o número de mulheres despenca.

Na tentativa de incentivar as mulheres a jogarem profissionalmente surgiu o Team Secret, uma equipe de competição formada apenas por mulheres. Mas essa não parece ser a melhor solução. Para Julia Kiran, líder do grupo, os times femininos nunca foram vistos como parte da cena profissional. Os jogadores homens tratam as competidores como algo paralelo, que não conta. O melhor seria se homens e mulheres pudessem competir igualmente e juntos.

Além da hostilidade dentro dos games, mulheres que fazem canal de gameplay frequentemente são xingadas e têm suas habilidades questionadas pelo público.  Entre os argumentos mais utilizados contra mulheres gamers é que “jogar jogos de celular não conta como ser gamer”, “mas quantos jogos você comprou esse ano?”, “quanto uma mulher investe em games?”.

A youtuber Satty, do canal Pense Geek, mostrou em vídeo outras pesquisas que mostram que as mulheres estão investindo a mesma quantidade de dinheiro em games que os homens, que as preferências por jogos é igual (puzzle e raciocínio),e que, em um mercado onde os smartphones são mais usados que consoles, é comum que haja mais pessoas jogando no celular.

No YouTube, os canais que mais crescem e são considerados “rentáveis”, são os de gameplay. Quando se pensa em criadores de gameplays, diversos nomes surgem na mente das que pessoas que consomem esse tipo de conteúdo na plataforma, porém, quantos foram de mulheres? Mesmo se empenhando tanto quanto o sexo oposto para gravar vídeos de gameplay, menos de 10 canais femininos de games no Brasil possuem mais de 1 milhão de inscritos.

Esse número baixo pode ser explicado principalmente pela cultura enraizada de que mulheres e videogame não combinam. Para dar um gostinho de que essa frase precisa ser derrubada! Vamos listar algumas mulheres que mandam muito bem em gameplay!

Malena 010202
Queen B
Player Barbie
BIBI
Flokiis
MissPinguina
Satty
Coelha
Careca TV
Nat Cavalcante
Renataps88
Thais e Thalita Matsura
JuhKawaii
Pupi Games
NoobandoTV 

Mulheres na História dos Games

Se engana quem pensa que mulheres não estiveram presentes no desenvolvimento de jogos e no crescimento desta cultura. Carol Shaw, em 1978 já desenvolvia jogos para campanhas promocionais e, em 1979, lançou comercialmente o primeiro jogo feito por uma mulher: o 3-D Tic-Tac-Toe!

Doris Self, além de ser a primeira campeã em videogame, isso lá nos anos 1980, está no livro dos recordes como a mulher mais velha à competir! O que mostra que, assim como o público masculino, o feminino joga em qualquer idade!

Considerada uma das figuras femininas mais importantes na indústria dos jogos, Amy Hennig é diretora e também roteirista de games populares como os da série Uncharted. Começando na Nintendo, ela contribuiu para o jogo de Michael Jordan: Chaos in the Windy City de SNES. Mais tarde, migrou para a empresa Crystal Dynamics, trabalhando na série Legacy of Kain como diretora e escritora. Finalmente, na Naughty Dog, seu trabalho envolvia basicamente os games das séries Jak and Daxter e Uncharted.

Depois de tudo isso, não dá para dizer que jogos não são para mulheres, não é mesmo?