Artistas pagam para adicionar suas músicas em playlists populares do YouTube!

Você sabia que existem artistas que pagam para entrar em playlists de músicas do YouTube? Conheça o mercado de venda de playlists sertanejo no YouTube!
playlist sertaneja

Você sabia que existem artistas que pagam para entrar em playlists de músicas do YouTube? Com bilhões de visualizações, as playlists de músicas na plataforma são um formato cada vez mais popular. Segundo matéria divulgada pelo G1, músicos brasileiros pagam para incluir seus vídeos nessas listas de reprodução.

Empresários e artistas falam que a compra de lugares nas listas mais reproduzidas do site ajuda a impulsionar carreiras musicais. Por conta dos muitos acessos, as pessoas acabam descobrindo a música, gostando e divulgando de forma espontânea.

Outro lado positivo para quem compra lugares nas playlists é a renda através do AdSense, já que o valor dos anúncios reproduzidos nos clipes e a renda dos direitos autorais vão para os donos de cada vídeo.

 

A venda de playlists é tão lucrativa que empresas internacionais já entraram em contato com brasileiros para comprarem suas listas. Esse foi o caso de Adriano da Silva Lucas, de 29 anos, de Cuiabá, que possuía uma playlist com mais de 1,3 bilhões de acessos. Adriano vendeu seu canal em 2016 para a empresa romena RedMusic por R$ 30 mil.

Segundo os criadores de playlist, o caminho para o sucesso depende quase que exclusivamente dos termos que vão ser usados na hora de nomear a lista. Por isso, muitas das playlists mudam periodicamente de nomes, se adaptando aos termos mais pesquisados pelos usuários. Contudo, é preciso contar com a sorte para ter uma playlist reconhecida no meio de tantas.

Édico Antonio Corrêa, o Antony da dupla paranaense Antony e Gabriel, foi um dos primeiros músicos a assumir publicamente que comprava lugares em playlists. Após ter vídeos dentro de listas, o canal do YouTube da dupla alcançou 380 milhões de acessos e um maior número de convites para shows.

 

O Google, dono do YouTube, não tem regras específicas sobre vendas de playlists. Não há leis ou regras no Brasil sobre o assunto. Especialistas defendem que o Google deve explicitar o que é permitido ou não, por questão de transparência, mas admitem a dificuldade de identificar e controlar este comércio paralelo.